CONSTELAÇÃO FAMILIAR E ESCULTURA FAMILIAR

“Qual é a relação entre Constelação Familiar e Escultura Familiar, e como essas abordagens terapêuticas podem contribuir para a compreensão e resolução de dinâmicas familiares complexas?”

Introdução

A constelação familiar é uma abordagem terapêutica que se baseia no entendimento dos padrões de relacionamento e dinâmicas familiares, com o objetivo de trazer à consciência questões ocultas e promover a cura emocional. Este método tem suas raízes na Escultura Familiar, desenvolvida por Virginia Satir na década de 1970, e se expandiu com a abordagem de Bert Hellinger, conhecida como “Constelação Familiar Clássica”. Ambos os métodos visam representar visualmente os laços e interações entre os membros da família ou de um grupo, revelando conflitos e padrões inconscientes que influenciam os comportamentos atuais.

Contexto da Constelação Familiar: Escultura Familiar

De modo geral, a constelação familiar é compreendida como um método da Terapia Sistêmica. Este método remonta à chamada Escultura Familiar, desenvolvida por Virginia Satir na década de 1970.

O objetivo de ambos os métodos é representar visualmente os relacionamentos entre membros da família ou membros de um grupo, tornando conscientes as percepções, sentimentos e pensamentos associados a eles. Muitas vezes, são revelados conflitos ou padrões de relacionamento desfavoráveis anteriormente inconscientes. Estes podem ser influenciados pela situação atual, mas também por influências do passado.

Na Terapia Sistêmica, parte-se do pressuposto de que os sentimentos e comportamentos de uma pessoa são moldados por regras, padrões de comportamento e relacionamentos dentro de uma família – muitas vezes ao longo de várias gerações. Tanto a escultura familiar quanto a constelação pretendem destacar essas interconexões para o buscador de orientação, ajudando-o a mudar comportamentos e padrões de relacionamento problemáticos.

Uma escultura familiar, geralmente realizada durante uma psicoterapia, é criada com os membros da família do cliente. O paciente posiciona os membros da família no espaço de forma intuitiva, representando a “relação correta” entre eles. Em seguida, o paciente e os membros individuais da família relatam como se sentem em suas respectivas posições: por exemplo, quais sentimentos, pensamentos, percepções corporais e impulsos de ação têm. Dessa forma, padrões de relacionamento problemáticos e conflitos são revelados, para serem trabalhados posteriormente na terapia. Na terapia individual, em vez de membros da família, símbolos (como figuras de animais) podem ser usados para representar os membros individuais da família.

O que é uma Constelação Familiar?

Uma constelação familiar segue um princípio semelhante ao da escultura familiar, mas frequentemente acontece em um grupo de pessoas reunidas aleatoriamente. Uma pessoa do grupo que deseja abordar um problema ou descobrir algo sobre si mesma se apresenta como “consteladora”. O facilitador da constelação faz perguntas sobre o problema em si, a história do buscador de orientação e as pessoas que desempenharam um papel na situação problemática no presente e no passado.

Em seguida, o constelador escolhe “representantes” dessas pessoas do grupo. Ele os posiciona no espaço, de forma semelhante à escultura familiar, para que estejam na “relação correta” entre si. Os representantes podem estar mais próximos ou distantes um do outro, podem se voltar um para o outro, estar de lado ou de costas um para o outro, e podem ser posicionados em posturas eretas, curvadas ou encolhidas.

Assim como na escultura familiar, os representantes relatam como se sentem na posição atribuída. Os padrões revelados frequentemente se assemelham, de maneira surpreendente, aos relacionamentos entre as pessoas reais.

As constelações familiares são oferecidas como eventos de curto prazo – como um seminário de fim de semana – e também podem ser realizadas como parte de uma terapia contínua. Aqui, os padrões revelados durante a constelação podem ser trabalhados e alterados na chamada “trabalho de constelação”.

No entanto, é importante notar que os facilitadores vêm de áreas muito diversas e sua qualificação profissional, e portanto a qualidade das constelações realizadas, muitas vezes é difícil de verificar antecipadamente.

A constelação familiar ficou especialmente conhecida através da abordagem da “Constelação Familiar Clássica” de Bert Hellinger.

Conclusão

Em suma, a constelação familiar oferece uma lente única para explorar as complexidades dos relacionamentos humanos e desvendar padrões que moldam as experiências individuais e familiares. Embora tenha sido objeto de debates sobre sua eficácia e os critérios de qualificação dos facilitadores, seu impacto na transformação pessoal e no entendimento das dinâmicas familiares continua a ser reconhecido. Ao trazer à luz questões anteriormente ocultas e oferecer insights profundos, a constelação familiar permanece como uma ferramenta valiosa para a terapia sistêmica e o crescimento pessoal.

Com conteúdo therapie.de

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