Existe uma receita para a prosperidade? Descobrir o caminho para o sucesso financeiro é o desejo de muitos. Mas será que existe uma fórmula mágica para alcançar a prosperidade?
Introdução
A época das festas de fim de ano é marcada por uma agitação contagiante. Pessoas se preparam comprando presentes, planejando banquetes e compartilhando esperanças para o ano novo. Contudo, por trás dessa movimentação festiva, emerge uma dissonância curiosa, refletida nas canções tocadas nas lojas e nos desejos de prosperidade para o novo ano. Dois “evangelhos” se confrontam: um enraizado no dom gratuito da provisão de Deus através de Jesus, e outro que foca em presentes conquistados por boas ações. Essa dicotomia revela um embate mais profundo, especialmente evidenciado na ascensão da “teologia da prosperidade”, uma crença cada vez mais adotada por cristãos nos Estados Unidos, que prega que Deus deseja a prosperidade financeira de seu povo.
Preparativos para as Festas
Nesta época do ano, as pessoas fazem preparativos para as festas. Compram presentes, planejam banquetes e compartilham esperanças para o ano que se inicia. Mas, por trás dessa movimentação, há uma estranha dissonância. Ela ressoa nas canções seculares tocadas nas lojas e nos desejos de um ano novo próspero. Dois “evangelhos” se conflitam. Um está enraizado no dom gratuito da provisão de Deus em Jesus. O outro foca em bons presentes ganhos por boas ações.
A Ascensão da Teologia da Prosperidade
Uma pesquisa da Lifeway Research revela que os cristãos nos Estados Unidos estão cada vez mais aderindo à “teologia da prosperidade.” Essa teologia promove a ideia de que Deus deseja que Seu povo prospere financeiramente. Esses cristãos “nomeiam e reivindicam” posses materiais e segurança financeira na Terra. Segundo a pesquisa, dois terços dos frequentadores de igrejas nos EUA entre 18 e 34 anos acreditam que sua igreja ensina essas ideias. Esta “doutrina da fé-semente” aconselha a colocar mais no prato de ofertas para garantir um retorno financeiro substancial. Embora a pesquisa não possa esclarecer quantos líderes religiosos realmente ensinam essa doutrina, mostra que o pensamento da prosperidade está em ascensão na igreja, com efeitos ao redor do mundo.
Origem do Evangelho da Prosperidade
Mas de onde surgiu o “evangelho da prosperidade”? Nos Estados Unidos, suas raízes são profundas.
O Sonho Americano e o Novo Pensamento
A base da cultura americana é o “Sonho Americano.” O Oxford English Dictionary define isso como “o ideal de que todo cidadão dos Estados Unidos deve ter a oportunidade de alcançar sucesso e prosperidade através do trabalho árduo, determinação e iniciativa.” Um movimento do século 19 misturou esses ideais seculares com um toque de filosofia oriental e um pouco de cristianismo. Outros temperaram bastante essa visão de mundo com psicologia de autoajuda. Voilà! Um movimento oculto chamado “Novo Pensamento.”
Pregadores e Curandeiros da Fé
Pregadores e “curandeiros da fé” do meio do século 20, como Oral Roberts e Kenneth Hagin, reaqueceram essas ideias da Nova Era. Serviram-nas como teologia da “saúde e riqueza.” Este movimento da “Palavra de Fé” ganhou impulso através de Benny Hinn e Pat Robertson nos anos 1980. Figuras mais recentes como Joel Osteen e Joyce Meyer carregam essa bandeira hoje. Eles interpretam erroneamente passagens como “Peçam, e lhes será dado” (Mateus 7:7), ignorando o contexto e distorcendo as escrituras para apoiar seus ensinamentos.
A Manifestação Secular
Uma versão secular conhecida como “manifestação” ganhou popularidade recentemente. Celebridades como Doja Cat, Lady Gaga, Drake e Ariana Grande promovem a ideia de que o universo colabora com eles para fazer coisas boas acontecerem. Eles apenas precisam falar ou sonhar para tornar isso realidade. Parece familiar?
A Dissonância do Evangelho da Prosperidade
As promessas de “nomear e reivindicar” brilham como enfeites de Natal. Mas nem tudo o que reluz é ouro. Este falso evangelho molda uma espiritualidade transacional. Confunde os desejos materiais do homem com o melhor design de Deus: a redenção, o melhor presente da época natalina.
O Impacto do Falso Evangelho
Por quê? O falso evangelho da prosperidade prejudica nossa compreensão do verdadeiro evangelho e nosso testemunho cristão no mundo.
Jesus + Nada = Tudo
NewsThink
por Kelsey Reed, coach de notícias da GWN
Você já viu esta equação matemática: “Jesus + nada = tudo”? A simples equação representa a verdade. Não é necessário nada da nossa parte para merecer o melhor presente de Deus, a salvação.
Teologia da Prosperidade Simplificada
Por outro lado, simplificada em uma equação matemática, a teologia da prosperidade poderia parecer assim: Boas ações + poder de Deus = bênção financeira.
A Confusão entre Deus e Papai Noel
Parece um pouco com o Papai Noel, não? Seja bom. Ganhe coisas.
As pessoas confundem o caráter e a natureza de Deus com sua compreensão do Papai Noel. Canções como “Papai Noel está chegando à cidade” atribuem atributos que descrevem apenas Deus (onisciente, onipotente, onipresente) ao Papai Noel. Por outro lado, essas ideias projetadas em nossa ideia de Deus o transformam em um homem alegre no céu que quer lhe dar bons presentes, se você for bom o suficiente para merecê-los.
Deus Não é Papai Noel
Mas Deus não age como o Papai Noel. Investir no ensino da prosperidade traz o risco de perder a fé na bondade de Deus diante do sofrimento. Cristãos fiéis ainda enfrentam tempos difíceis.
A Verdadeira Natureza de Deus
Tanto as ideias do Papai Noel quanto a teologia de “nomear e reivindicar” desviam-se da verdade. O verdadeiro Deus não cabe em uma equação “se x então y”. Ele tem planos maiores para nós do que meramente riqueza material. Ele quer transformar a humanidade de dentro para fora, até os confins da Terra. Nosso Pai Celestial dá generosamente, com presentes muito melhores do que coisas que passarão. Ele oferece “uma herança imperecível, imaculada e imarcescível, guardada no céu para vocês.” (1 Pedro 1:4)
Conclusão
A falsa promessa do “evangelho da prosperidade” brilha como um ornamento de Natal, atraente mas ilusório. Confundindo desejos materiais com a verdadeira intenção divina de redenção, essa teologia distorce a espiritualidade cristã, transformando-a em uma transação. Deus não é um Papai Noel celestial que premia boas ações com bênçãos financeiras. Ele oferece algo muito mais profundo e duradouro: uma herança imperecível, guardada nos céus para aqueles que creem. Compreender e viver essa verdade nos liberta da superficialidade materialista, permitindo-nos abraçar a verdadeira essência do Natal e a dádiva da salvação que vem somente através de Jesus.
Com conteúdo teen.gwnews.com